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Habitação de Interesse social e seu entorno

  • Writer: Maria Mattos
    Maria Mattos
  • Mar 26, 2021
  • 2 min read

Updated: Apr 21, 2021

Iniciação Científica;

Métodos de Avaliação de Projeto e Análise de Implantação de Habitação de Interesse Social Brasileira



Introdução

Na atualidade brasileira encontramos uma grande produção de habitações sociais, mas muitas vezes sem qualidade para a vida de seus moradores. Ao se propor um projeto habitacional é preciso pensar além dos lucros, mas no direito da população de ir e vir, de ter acesso a um transporte público e saúde de qualidade, a uma instituição de ensino pública,

trabalho registrado e por fim e mais importante, a uma moradia digna, que traz qualidade à vida dessas pessoas. Pensando na escala urbana da implantação, tudo isso deve ser interligado, ou seja, deve haver a sustentabilidade social, com habitações próximas a esses estabelecimentos, permitindo tarefas cotidianas e minimizando deslocamentos e assim fazendo com que a habitação faça parte do dia a dia de seus moradores de tal forma que eles permaneçam no local (HILLER, 2015). Além do uso residencial, poderiam englobar usos para lazer, comércio e serviço para seus moradores e para os residentes da área onde o projeto foi implantado.

Pensando na escala do terreno, as habitações de interesse social devem ter projetos específicos para a área onde foi implantada. É importante se dar atenção à relação entre os cheios e os vazios no terreno, à uma ocupação que deve estar conectada ao seu entorno, às fachadas ativas. Além disso, as relações entre edifícios, muros (ou cercas) e a calçada podem propiciar ou inibir nos moradores a sensação de pertencimento ao espaço público que é a rua. Por exemplo, a ocupação perimetral é reconhecidamente como uma forma que permite a conexão do edifício ao seu entorno. Portanto, a forma do edifício deve ser levada em consideração, assim como sua implantação e contexto urbano, que se relacionam com a função “casa”. A qualidade do projeto deve ser desprendida da relação de “condomínio fechado” que elitiza a imagem de uma área murada com espaço gourmet e fitness center, esses não devem compensar a má qualidade do projeto, e sim serem desconstruídos e relacionados ao exterior do projeto, ao seu entorno, rua, edifícios e espaços livres urbanos (FERREIRA, 2012).

Tais questões são apresentadas, por diversos autores e diferentes métodos de avaliação de projetos, como essenciais para se alcançar habitações coletivas de qualidade. Como apresenta Nagle (2017), vários métodos têm surgido nos últimos anos, com o objetivo de avaliar projetos habitacionais. Entre os parâmetros utilizados nos métodos que foram considerados relevantes para a pesquisa, pode-se encontrar diversos deles relacionados à qualidade da implantação urbana, esse aspecto analisa se a infraestrutura urbana promove a sua localização e como o projeto pode qualificar a vida dos moradores da região. Esses métodos já existem no Brasil, a exemplo do publicado pela Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo (SEHAB), mas infelizmente não são devidamente utilizados.


Se quiser saber mais entre em contato comigo - http://lattes.cnpq.br/5096624159377596


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